Quem não se assustou ao ouvir pela primeira vez na televisão a palavra “Presidenta”? As escolas nos ensinavam que a palavra presidente não existia variação para o feminino, apenas se trocava o artigo de “o presidente” para “a presidente”, como por exemplo: O sargento, a sargento; o cabo, a cabo; o gerente, a gerente; o piloto, a piloto. Segundo o conhecido professor Pasquale, as palavras terminadas em “nte” não tem variação, mas algumas pelo uso acabam se impondo na forma feminina, como presidenta, o que encontramos com facilidade em dicionários e pode ser perfeitamente utilizada. Então deixa de ser certo ou errado e passa a ser uma questão de preferência ou padronização. Você é um linguista ou um gramático?
Telma Martes
Obviamente sou uma lingüista, prefiro falar como o povão fala... Como diz Marcos Bagno (escritor), tudo faz parte de um preconceito linguistico, a nossa cultura é diversificada, então cada região tem uma maneira de falar, cabe a cada um ter a sua preferência e forma, podendo ser um gramático e um linguista ao mesmo tempo.
Camila Queiroz
Esse é um ótimo tema de se discutir. Nós jornalistas temos a obrigação de falar e escrever correto, mas nessa questão de “nte” e “nta” nos deixam com dúvidas. Pode ser que nesse caso eu seja gramática porque é muito mais estranho dizer: -“A presidenta Dilma” que “-A presidente Dilma”. Já que a presidenta é uma questão de preferência, seja livre para escolher como falar, mas é preciso muito cuidado quando estiver em dúvida de como se fala ou escreve uma palavra para não pagar aquele mico que te deixa morrendo de vergonha.
Kamila Pinheiro
Acho que tudo é uma questão de machismo do povo brasileiro. A nossa língua vem sofrendo ao longo dos anos, uma transformação enorme, mudando constantemente, só o que não muda é a nossa velha gramática. Tudo começou como uma campanha de marketing da nossa vizinha presidenta Cristina Kirchner e adotado pelo PT. Temos que levar em consideração que a mulher tem assumido novas posições na sociedade moderna e que temos que acompanhar essas mudanças defendendo a vontade da Presidenta Dilma de ser chamada assim, e logo a estranheza desaparece.
Fonte: Jornal Cultura - Youtube
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